Perigo! Avisa a placa mais à frente.
Todos que passavam ficavam receosos e desviavam-se do caminho do
perigo. Ninguém queria correr o risco.
Mas que perigo?
Não se sabia.
Num determinado momento um homem atravessou a linha da placa. Lá
de trás, outro lhe grita:
- Hei, você não viu a placa de perigo?
Ele responde: - Não.
E segue em frente.
Que mal pode haver em uma placa? Pergunta-se ele.
Mais à frente uma segunda placa avisa: Cuidado, ao entrar por esta
rua, periga você nunca mais querer sair. Aqui todos são gentis, amigos e
aconchegantes.
Ele então entra à rua e sorri.
Enfim, sentiu-se em casa.
Tatiane Alcantara
A simplicidade do conto me remete a alguns poemas da cecília Meireles, as palavras soam como abraços aconchegantes, a sensação é de flutuar com os versos.
ResponderExcluirMais um cativante, Tati!
ResponderExcluirBem gostoso de ler, faz-nos transportar para esse ambiente!
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