terça-feira, 27 de setembro de 2016
Ventos de Primavera
É primavera
os ventos sopram cheirosos
e misturam-se
muitas vezes
com ventos nada agradáveis
dos cheiros intrusos
que são depositados no ar
fumaça das indústrias,
lagos e rios poluídos
ruas sujas
lixo
O cheio pode ser bom
e também pode ser ruim
embora tenhamos que conviver com ambos
é na primavera que o cheiro das flores
faz tudo parecer cheiroso
e às vezes até bonito
pois até em meio ao sujo
surge uma flor
e é nela que meu olhar
vai se fixar.
sábado, 24 de setembro de 2016
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Jogos paralímpicos Rio 2016 na TV aberta - Tá assistindo ao vivo?
A paralimpíada do Rio de Janeiro está ocorrendo, no dia da abertura,
muitas pessoas se questionaram o porquê que as emissoras de TV aberta não
transmitiram o evento ao vivo. Nas olimpíadas dos atletas “normais”, a
programação parou, podíamos escolher em qual casal assistir. Os paralímpicos não
tiveram esse destaque e olha que a abertura foi tão linda quanto das
olimpíadas. Para não fazer injustiça, a TVE transmitiu ao vivo, porém sabemos
que quem ainda está com sinal analógico, quase não vê a TVE. Não é interessante
para a mídia, sobretudo para essas TVS pararem sua programação para transmitir
jogos de atletas pouco conhecidos, sem “nome”. Não é rentável para eles.
Esses atletas não são conhecidos por vários motivos; falta de incentivo
ao esporte, falta de incentivo à inclusão, preconceito, etc. Vimos um Galvão
Bueno em total histeria narrando a vitória de Michael Phelps e de tantos outros
atletas. De fato, Phelps é um fenômeno, muito provavelmente nenhum outro
nadador alcançará a quantidade de medalhas dele, mas... e quanto a Daniel Dias?
Nosso atleta nadador paralímpico que só nessa edição do Rio já ganhou duas
medalhas de outro, duas de prata e uma de bronze? Sem falar que ele é o único
que pode se igualar a Phelps em número de medalhas, porém ele é atleta paralímpico
e não compete diretamente com Phelps.
Se pararmos para analisar o quadro de medalhas, os atletas paralímpicos
têm rendimento até melhor que os considerados “normais”. Mas essa não é a
questão, porque aqui no Brasil, tanto os atletas “normais” quanto os paralímpicos
são carentes de incentivo e a maioria vão aos jogos com muita luta e esforço,
sem apoio de nenhum patrocinador nem do governo.
Os jogos paralímpicos é uma ótima oportunidade de vermos como as pessoas
com deficiência são tão capazes quanto nós que somos considerados normais. A
capacidade que eles têm de se superarem e fazerem algo que a maioria consideraria
impossível pelo fato de possuírem algum tipo de deficiência. Como seria bom se
todas as crianças que são deficientes pudessem assistir aos jogos e verem como
elas podem se superar, verem que não precisam ficar em casa por se acharem um
transtorno, ou alguém que só vai atrapalhar.
A maior deficiência que a humanidade possui não é a física, essa, é
possível superar, a maior deficiência da humanidade hoje em dia, é o desamor.
Tatty Alcantara
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
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