Dá-me
a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que
sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que
existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de
mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de
música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois
grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de
espaço, existe um sentir que é entre o sentir – nos interstícios
da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a
respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo
que ouvimos e chamamos de silêncio.
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